O papel social das juventudes partidárias

26-10-2016 16:26

As juventudes partidárias são, nos termos estatutários, organizações e órgãos que dispõe de autonomia de ação face aos partidos políticos. Contudo, a sua ação é orientada, nos supracitados termos, em prol e defesa dos partidos em causa, integrando assim o nosso sistema político e democrático.
A ação das juventudes deve ser assim, uma atividade de orientação política, que respeite e promova os ideais dos seus partidos, focando o seu trabalho e dedicação especialmente às temáticas de juventude (desde as políticas de juventude gerais, às temáticas mais específicas, como a empregabilidade, desporto e educação), mas também - e genericamente - sobre a zona geográfica correspondente. Dando especial atenção à atualidade política e às realidades observáveis, não significando isto, que as juventudes partidárias tenham de "justificar" ou "reforçar" as causas, propostas e pareceres que os partidos assumam, tomam e divulgam, mas que deve, com a devida autonomia e com o seu foco (entenda-se o seu objeto), defender a população, especialmente os mais jovens, passando pelo suporte ao supracitado, se assim for o caso.
As formas de estar e ser, além de serem construídas no âmbito da socialização do indivíduo em contexto familiar e escolar, são, neste contexto, altamente importantes, pois é no decorrer da envolvência no seio da mesma que se estruturam as formas de estar e ser de âmbito político, sendo construídas as ideologias de um indivíduo, por este facto quanto mais envolvido numa determinada juventude partidária mais “formado” politicamente o indivíduo se torna.
Assim, atendendo que, pelo anteriormente exposto, as juventudes são uma "escola política" o que deve ser, naturalmente, valorizado é a qualidade da aprendizagem e não, propriamente, a quantidade de "alunos", especialmente se os dois termos não forem compatíveis.
Em suma, o papel das juventudes partidárias (um grupo integrado por jovens com uma finalidade/objetivo política/político), resume-se à formação e consciencialização política e cívica, bem como à participação, através de intervenção e, também, contribuição, na definição das políticas de juventude, desporto e educação bem como as demais relacionadas, sendo que as atividades complementares - essas devem existir, é certo - mas não podem assumir-se como a atividade principal. 
Assim, o seu fim é o contributo para a sociedade em geral, estando prevista a sua abertura às comunidades, como símbolo de transparência, mas sobretudo como forma de proximidade, que permite a adequação da atuação os respetivos órgãos.
A banalização (entenda-se o não cumprimento do papel-social) das juventudes partidárias pode colocar, em ultima instância, em causa parte do sistema político democrático, pelo facto da sua função não ser cumprida, colocando, assim, consequentemente, em causa o sistemademocrático, ou, pelo menos, causando uma disfunçãoparcial do mesmo.

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