I Have a Dream!

15-11-2016 22:01

Há 873 anos, D. Afonso Henriques, ao assinar o Tratado de Zamora, tinha um sonho para o seu reino/país: Portugal devia ser das nações mais fortes e verdadeiras do mundo. Durante muitos séculos mantivemos este sonho e, agora, será que nos estamos a manter nas expetativas do nosso fundador? Ganhar o Euro 2016, na minha opinião, não nos chega, precisamos de mais. Precisamos de ser racionais, trabalhadores e patriotas. Portugal é único, belo e é a minha pátria. Somos bons, mas precisamos de melhorar! Na sequência deste meu desejo, que, a meu ver, é compartilhado com todos os portugueses, decidi escrever neste artigo uma parte da minha visão para um "Portugal mais português", ou seja, para um país melhor. Será apenas a minha opinião e não espero que todos os leitores concordem, mas já ficaria contente se alguns deles assim o fizessem. Optei por adaptar, e não plagiar, a semântica do enorme discurso “I Have a Dream” de Martin Luther King, político esse, que também tinha o desejo de ajudar a melhorar a sua pátria e acabou por morrer por ela. 
 
Eu tenho um sonho! Que em Portugal se respeite sempre a vida de cada cidadão, estando este a 6 meses de falecer, ou a 6 meses de nascer. Respeitar a Constituição e jurar defender a vida humana. Cada um de nós estamos cá porque os nossos pais e Deus nos permitiram. Não vamos renegar esses direitos a ninguém e, muito menos, aos nossos futuros compatriotas. Eu tenho um sonho, hoje! 
 
Que, em Portugal, haja confiança na política. Um povo não consegue confiar num Governo, quando um ex-primeiro-ministro está a ser acusado de corrupção ou quando o primeiro-ministro vigente, está no cargo porque assim o quis, e não devido ao que o povo escolheu nas urnas. Comicamente, estes dois últimos exemplos, referem-se a políticos pertencentes ao Partido Socialista… Eu tenho um sonho hoje! 
 
Que, em Portugal, não nos subjuguemos nunca mais há Dívida que temos com os credores. Portugal é um país soberano e não deve estar totalmente à mercê dos bancos e países ocidentais. Infelizmente, é o que se tem sucedido. Que o Estado não seja, na maior parte dos setores, um peso mas sim uma ajuda para os seus cidadãos. Temos de tornar o Estado mais racional. Porque é que o Estado não disponibiliza serviços apenas para aqueles que dele necessitam? Se um cidadão que não recebe o salário mínimo, não está desempregado, e não tem muitos filhos para sustentar, deverá ter escola, saúde e muitas outras regalias gratuitas? O Estado deveria ser Estado apenas para aqueles que mais necessitam. Eu tenho um sonho hoje! 
 
Que, em Portugal, todos os portugueses possam viver numa nação onde não serão julgados pela sua cor política, mas pelo conteúdo do seu caráter e personalidade. Eu sou de direita. Não é extrema, nem é centro-direita. É simplesmente Direita. Outro dia, por publicar um artigo no Facebook, eu, juntamente com amigos, fui “atacado” por insultos e desejos com valor pejorativo. Fui julgado pela minha opinião, sendo de Direita, sinto-me algumas vezes “atacado” pela sociedade. Não é por isso que me vou calar, mas está errado. Mais uma vez, quem nos julga são as pessoas e os partidos de esquerda, que ironicamente defendem a liberdade de expressão e o direito de cada um ter a sua opinião sem contrapartidas. Eu tenho um sonho hoje! 
 
Que renasça em Portugal um espírito patriótico. Cada um de nós, penso eu, ama o seu país, neste caso Portugal. Devemos, então, lutar pela nossa pátria e existem várias formas de combater por Portugal sem ser alistar-se no exército (que é o expoente máximo de serviço) ou cantar o hino nos jogos de futebol da seleção (que é o expoente mínimo). Pagar sempre os impostos, empreender e comprar produtos portugueses são exemplos de patriotismo mas não só. Aprendamos a votar sempre e a ter bandeiras nacionais em casa, aprendamos a ter orgulho nas nossas cores. Desta maneira, temos de lutar pelo que queremos. Temos de sair à rua para defendermos os nossos valores enquanto país. E, mesmo que seja difícil concretizar este meu sonho, sei que não é uma causa perdida, e vou lutar por ele. Quem se quiser juntar a mim, será uma ajuda nesta demanda por um Portugal que, por vezes, parece que já não conhecemos. Deixo-vos agora com uma pequena estrofe de Luís Vaz de Camões, um grande português, que me motiva a levar a cabo as minhas convicções. 
 
“Porém, seja o que for: 
Mude-se, por meu dano, a Natureza; 
Perca a inconstância Amor; 
A Fortuna inconstante ache firmeza; 
E tudo se conjure contra mi, 
Mas eu firme estarei no que emprendi.” 
Viva a Portugal!
 

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